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Economia Sexta-feira, 07 de Novembro de 2008, 14:42 - A | A

Sexta-feira, 07 de Novembro de 2008, 14h:42 - A | A

Lula pede que estados e municípios não parem obras por causa da crise

Da redação

Em seu discurso hoje (07) na abertura da “Rodada de Integração Produtiva de Governadores e Prefeitos do Foro Consultivo de Municípios, Estados federados, províncias e Departamentos do Mercosul (FCCR) – Eixo Sul”, em Foz do Iguaçu (PR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos estados e municípios para que não paralisem obras, a exemplo do governo Federal. “Nenhuma obra do governo Federal tem que parar por causa da crise, faço um apelo aos estados e municípios para que façam o mesmo”, afirma.

Em 2003, de acordo com o presidente, o fluxo do comércio no Mercosul era apenas de US$ 13 bilhões para US$ 33,4 bilhões, passando de 5% para 11%. “Isso demonstra que aos poucos estamos quebrando as barreiras que existiam nas nossas relações comerciais e que nossos países, diferentemente do chamado mundo desenvolvido, cresceram muito nesse período. É a primeira vez na história dos séculos século XX e XXI, que a crise se dá nos países ricos e não nos países pobres ou em desenvolvimento”, avalia Lula, lembrando que são os paises emergentes que sustentam a produção industrial e agrícola.

A vantagem do Brasil nesse momento da crise, continua o presidente, é que o Brasil tem um potencial de mercado interno que os países desenvolvidos já não têm mais. “Ainda não sabemos ainda o tamanho da crise e os efeitos perversos que ela vai causar no mundo, que certamente causará, porque se deu no coração do sistema e, ao mesmo tempo, no país mais importante do ponto de vista econômico e importador de todos e na União Européia. Uma recessão nesses países poderá haver problemas para os nossos países sobretudo nas exportações”, avalia Lula.

Mercosul

Para o presidente, o Mercosul está se tornando um fórum de debate mais amplo e democrático e não se limita apenas às questões comerciais e econômicas. “O tempo e a realidade mostraram que a integração deve também passar pelas organizações da sociedade civil, pelas associações e pelos sindicatos. Igualmente, o projeto do bloco deve envolver a mobilização de governadores e prefeitos, sejam eles das regiões fronteiriças ou distantes delas, mas que contenham similaridades entre si”.

O êxito do Mercosul, conforme Lula, depende muito da aproximação entre a política externa e o cidadão comum. “Governadores, prefeitos, deputados e vereadores têm papel fundamental na discussão dos rumos do bloco. Eles são em seus paises os agentes do Estado, que estão mais próximos dos seus eleitores e de suas comunidade, fazendo, muitas vezes, o elo com o poder central”. (Com assessoria)
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