RS/Fotos Públicas
Rio de Janeiro/RJ - 28/10/2025 - COTIDIANO - Megaoperação da Polícia do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão contra o crime organizado a mais letal da história deixa 60 mortos. Entre as vítimas estão 56 criminosos, dois policiais civis e dois militares do BOPE. A ação, uma das maiores dos últimos anos, teve como alvo o Comando Vermelho, facção que atua em diversas regiões do estado. Forças policiais apreenderam fuzis, granadas, munições e veículos blindados usados pelos criminosos. A operação mobilizou centenas de agentes e helicópteros, com confrontos em áreas densamente povoadas. A ofensiva ocorre após uma sequência de ataques a ônibus e policiais, que acenderam o alerta sobre o avanço do crime organizado no estado
O Rio de Janeiro vive a maior operação de segurança em 15 anos, segundo o governo estadual. A ação, batizada de Operação Contenção, mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares em uma ofensiva contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital. O objetivo é capturar lideranças criminosas e conter a expansão territorial da facção.
Com 64 mortos, a operação já é considerada a mais letal da história do estado, superando a ação no Jacarezinho, em 2021, que terminou com 28 mortes e foi classificada como chacina.
Planejamento e resultados
Segundo o governo do estado, a operação foi resultado de mais de um ano de investigação e 60 dias de planejamento. Centenas de mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Justiça com base em inquéritos da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
O balanço parcial aponta 81 presos, 72 fuzis apreendidos e uma grande quantidade de drogas ainda em contagem.
“Estamos atuando com força máxima e de forma integrada para deixar claro que quem exerce o poder é o Estado. Os verdadeiros donos desses territórios são os cidadãos de bem, trabalhadores. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado”, afirmou o governador Cláudio Castro, durante entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
O governador destacou o uso de armamento pesado pelas facções. “O que estamos enfrentando não é mais crime comum, é narcoterrorismo. Os criminosos estão usando tecnologia de guerra: drones, bombas e armamentos pesados. Mas o Estado está preparado”, completou.
Impactos na cidade
Devido à operação, o município do Rio entrou em estágio 2 de atenção, que indica risco de ocorrência de alto impacto.
O Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura informou que há interdições temporárias em vias próximas aos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, Freguesia e Taquara, além de mais de 100 linhas de ônibus com itinerários alterados.
Expansão do Comando Vermelho
A operação ocorre em meio a uma fase de expansão territorial do Comando Vermelho no Grande Rio. Segundo pesquisa do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF) e do Instituto Fogo Cruzado, a facção aumentou em 8,4% suas áreas de domínio entre 2022 e 2023, passando a controlar 51,9% das regiões sob influência criminosa — ultrapassando as milícias.
O levantamento aponta que o CV recuperou 242 km² que haviam sido tomados por milicianos em 2021. Naquele ano, as milícias dominavam 46,5% das áreas controladas por criminosos, enquanto o Comando Vermelho detinha 42,9%.
Nas redes sociais, termos como “Comando Vermelho” e “Hell de Janeiro” figuraram entre os assuntos mais comentados nesta terça-feira (28), com moradores compartilhando vídeos de tiroteios, fumaça e bloqueios nas vias durante a ação policial.
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