Um levantamento feito no início deste ano pela Fiems (Federação das Indústrias) mostrou que as atividades no setor industrial estão enfraquecidas e abalando a confiança do empresário sul-mato-grossense. Segundo o levantamento, tanto em 2015, quanto em 2014, os resultados ficaram abaixo da linha indicativa de expansão, que é a partir dos 50 pontos.
“Quando confrontado com o mês imediatamente anterior, março marcou o 10º resultado consecutivo sem crescimento da produção, enquanto na comparação contra o mesmo mês do ano anterior se constata que o desempenho foi um pouco melhor, com o índice de evolução marcando 47,7 contra 45,7 pontos.”, destacou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
As principais dificuldades apontadas pelos industriais neste período foram: a elevada carga tributária, a falta ou alto custo de energia e falta ou alto custo da matéria-prima. “Também chamam atenção a falta ou alto custo do trabalhador qualificado e as dificuldades na logística de transporte, especialmente, na comparação com o resultado nacional”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.
Nos números deste 1º trimestre, 61,4% dos empresários industriais consideraram ruim a margem de lucro operacional. Já o acesso ao crédito foi considerado difícil por 53,7% dos empresários, enquanto a situação financeira geral da empresa foi considerada ruim por 42,1% dos respondentes.
Expectativa
Ezequiel Resende reforça que o industrial sul-mato-grossense sinaliza que as contratações e o volume exportado devem continuar fracos nos próximos seis meses, mas a expectativa em relação à demanda por seus produtos e compra de matéria-prima marcaram 50,3 e 51,4 pontos, indicando que nos próximos seis meses podem ocorrer melhorias nestas variáveis.
Porém, a confiança do empresário está menor e o índice de (ICEI/MS), que mede essa confiança, é um dos mais baixos da histórica: fechou abril com o 2º pior resultado no Estado e o 9º mês consecutivo com o índice inferior aos 50 pontos.
“O indicador de intenção de investimento marcou 43,9 pontos em abril, recuo de 28,8% sobre igual mês do ano passado. Além disso, 60,3% dos respondentes disseram que não pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses a partir de abril”, finalizou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.