Mais uma indústria corre o risco de fechar as portas devido, mas desta vez não é devido a crise econômica. A empresa campo-grandense Universo Íntimo teme ter de demitir cerca de 800 funcionários caso alguma medida de ajuda não seja tomada no que se refere à implantação de uma creche para os filhos de funcionárias.
O proprietário da empresa de lingerie, Gilberto Romanato, se reuniu esta manhã na Câmara de Vereadores com o presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB) e pediu ajuda para a situação enfrentada pela indústria.
Ele contou que a indústria está sendo alvo de uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), por não oferecer uma creche às funcionárias da empresa, que compõem 95% da massa trabalhadora.
No entanto, Romanato alega que a implantação de creche foi um dos fatores atrativos para que a empresa se instalasse em Campo Grande, compondo a infra-estrutura básica oferecida pelo Pólo Empresarial Oeste. “A construção da creche foi uma promessa feita pelo Prefeito Nelsinho Trad (PMDB), que durante a época de campanha eleitoral foi até o local e prometeu a obra às funcionárias”, disse o empresário.
Romanato alega que já recebeu propostas de outras cidades, como Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Rio Branco (AC), para transferir a indústria tendo a garantia a implantação de uma creche para atender os funcionários. A falta de infra-estrutura evidenciada no Pólo Empresarial Oeste é a principal queixa do empresário.
O presidente Paulo Siufi garantiu que o legislativo será um intermediário na questão e buscará uma parceria com o Poder Executivo, para que a região não fique sem creche e para evitar que a indústria seja removida de Campo Grande.
“Para viabilizar a construção dessa obra, podemos até dispor de algumas emendas e abrir mão da construção de outras obras, para que Campo Grande não perca 800 empregos”, disse Siufi.
Os vereadores que integram a Comissão Anticrise se comprometeram a achar uma solução para o litígio, conversando diretamente com o prefeito Nelsinho Trad (PMBD), no sentido de achar a melhor saída para que a empresa não saída da Capital, penalizando 800 famílias com o desemprego.
(Com informações da Câmara Online)
