A inflação de fevereiro, em Campo Grande, fechou o mês em 0,34%, segundo o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp. A taxa superou janeiro (0,25%) deste ano, mas ficou abaixo do índice registrado em fevereiro de 2017. No acumulado dos 12 meses, a taxa ficou em 2,49%, ainda bem abaixo da meta inflacionária de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Os grupos que mais contribuíram para o resultado foram Habitação, com índice de 0,75% e participação para o índice mensal de 0,24%; Vestuário, com taxa de 1,92% e contribuição de 0,17%; e Saúde, com indicador de 1,49% e colaboração de 0,11%, entre outros com menores índices. Com deflações, ou seja, taxas que ajudaram a segurar a elevação do indicador mensal, estão os grupos Alimentação, com quedas de 0,73%, e Transportes, com deflação de 0,80%.
“Mesmo com esse aumento no indicador de fevereiro comparado a janeiro, a inflação ainda permanece controlada, o que indica que as medidas econômicas tomadas pelas autoridades governamentais estão surtindo os efeitos esperados. Também há que se que considerar que, em 2017, o Brasil colheu uma supersafra de grãos, o que possibilitou a estabilização e até a baixa em alguns produtos do grupo Alimentação, favorecendo a queda da inflação. Outros motivos são o alto desemprego no país, os juros ainda elevados e o grande endividamento da população, reduzindo a demanda, inclusive, em produtos de alimentação”, explica o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza.
Os grupos de maior destaque neste período foram: Habitação, com 6,10%; Vestuário, com 5,13%; Despesas Pessoais, com 4,70%; e Transportes, com 3,19%. Com deflações, estão Alimentação (3,73%) e Educação (2,38%). A inflação de 2018, ou seja, o acumulado dos dois primeiros meses do ano, é de 0,59%, a taxa mais baixa desde 2008, quando foi de 0,05%.