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Economia Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2015, 13:54 - A | A

Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2015, 13h:54 - A | A

Energia de MS terá novo aumento e bandeira tarifária vermelha se estende pelo ano todo

Kemila Pellin - Capital News

O aumento de consumo de energia e a diminuição de produção da mesma fizeram com que a conta de luz virasse um dos vilões da economia em 2015. Em Mato Grosso do Sul, estamos pagando R$ 5,50 a mais na conta de luz, por cada 100 quilowatts/hora por mês devido à bandeira tarifária vermelha, que quer dizer que a condições de geração de eletricidade estão mais elevadas.

Isso acontece porque os reservatórios das hidrelétricas estão baixos e a produção de eletricidade por meio destas fica mais escassa, tendo assim, que investir na produção de energia através das termoelétricas, que por terem elevados gastos com o consumo de combustíveis e sua manutenção, tornam a energia final, que chega a nossas casas, significativamente mais cara.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em janeiro deste ano, as hidrelétricas produziram 15,32% a menos de energia, enquanto as térmicas 70,79% a mais em comparação a janeiro de 2014. Isso fez com que houvesse também um aumento no consumo de gás natural. Segundo o MSGás, algumas usinas tiveram um consumo de gás até 320% superior ao ano anterior. Em Três Lagoas, por exemplo, a UTE Luiz Carlos Prestes, utilizou 63,5% mais gás-natural em janeiro de 2015 do que no mesmo mês de 2014, passando de 270.152 metros cúbicos para 441.592.

A escassez de energia, somado aos efeitos do represamento de alguns encargos setoriais pelo governo federal praticados em 2012, que agora terão de ser compensados, pode ocasionar um ajuste para os consumidores da Enersul “entre 30% e 40%, o maior dos últimos 10 anos”. Nesta quinta-feira (19) o Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Enersul/Energisa (Concen), fará a 2º reunião extraordinária deste ano, sendo pautado o Cenário para a Revisão Tarifária Extraordinária, que deve começar a produzir efeitos já em março.

Ainda não está definido de quanto será o aumento, que deve vir em abril, e cada uma das distribuidoras deverá ter um índice diferente. Entre os itens que serão levados em conta para calcular o reajuste estão o pagamento das cotas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e o impacto do aumento das tarifas da Usina Itaipu.

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