O dólar fechou em queda de 0,69% nesta sexta-feira (23), cotado a R$ 1,713. Na semana, porém, a moeda norte-americana ganhou 0,29%, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter anunciado na segunda-feira (19) a taxação de investimentos estrangeiros no mercado financeiro no país.
O dólar retornou ao patamar de segunda-feira, quando também fechou a R$ 1,713, antes do anúncio do governo. Os estrangeiros passaram a pagar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com alíquota de 2%, no momento do ingresso do capital que será usado para investimento em renda fixa ou renda variável.
Na terça-feira (20), primeiro pregão após o anúncio, o dólar subiu quase 2%, para R$ 1,745, mas na quarta-feira já caiu de volta a R$ 1,725 e na quinta-feira fechou estável, no mesmo valor.
A queda desta sexta-feira começou como um ajuste à melhora dos mercados internacionais no fim do pregão anterior. Ao longo do dia, porém, as bolsas internacionais passaram a cair, levando junto a Bovespa.
Mas no Brasil a moeda norte-americana manteve-se perto do nível de R$ 1,71 em quase todo o dia. "Há uma oferta (de dólares) muito grande", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.
Embora tenha durado poucos dias, o repique do dólar no começo da semana deu oportunidade a exportadores que aguardavam taxas melhores para realizar operações de "hedge" (para se proteger). "Muita gente aproveitou", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor.
Na semana passada, profissionais de corretoras de câmbio relataram uma diminuição do volume de operações de hedge por parte de exportadores de pequeno e médio portes em relação às semanas anteriores.(Fonte: G1)
