O varejo de Mato Grosso do Sul registrou queda de 6,6% nas vendas em novembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a 35ª edição do Índice do Varejo Stone (IVS). O estado acumula desempenho negativo em todos os meses de 2025 até agora, mantendo uma trajetória de retração iniciada em dezembro de 2024.
De acordo com a Stone, o resultado reflete um cenário econômico desafiador, marcado principalmente pelo alto endividamento das famílias e pelo custo elevado do crédito, fatores que têm limitado as decisões de consumo, inclusive em períodos tradicionalmente mais aquecidos, como a Black Friday.
“O desempenho do estado reflete um contexto mais amplo, com famílias mais endividadas e crédito caro, o que restringe compras de maior valor, mesmo com um mercado de trabalho ainda aquecido”, avalia Rômullo Carvalho, economista e pesquisador da Stone.
No recorte nacional, apenas seis estados apresentaram crescimento nas vendas em novembro na comparação anual. Os melhores resultados foram registrados na Paraíba (5,2%), São Paulo (1,7%), Amapá (1%), Sergipe (0,8%), além do Distrito Federal e do Piauí, ambos com alta de 0,5%.
Entre os estados com maior retração aparecem Roraima (7,9%), Tocantins (7,8%), Rondônia (7,5%), Rio Grande do Norte (6,9%), Rio Grande do Sul (6,3%) e Ceará (6,2%). Mato Grosso do Sul figura entre os desempenhos negativos mais expressivos no período.
Segundo a Stone, os avanços observados em novembro ficaram concentrados principalmente nas regiões Norte e Nordeste, enquanto as maiores quedas continuam ocorrendo no Norte e no Sul do país. No Sudeste, o cenário segue heterogêneo, com recuos em estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Na análise mensal por segmentos, apenas três dos oito setores avaliados apresentaram crescimento em novembro. O destaque foi Móveis e Eletrodomésticos, com alta de 1%, seguido por Tecidos, Vestuário e Calçados (0,3%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (0,2%).
Por outro lado, registraram retração Material de Construção (3,2%), Combustíveis e Lubrificantes e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (2,7%), Artigos Farmacêuticos (1,8%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,9%). No comparativo anual, todos os setores tiveram queda nas vendas, com maior impacto em Combustíveis e Lubrificantes (6,7%), Móveis e Eletrodomésticos (5,1%) e Hipermercados e Supermercados (4%).
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