A safra de milho 2024/2025 em Mato Grosso do Sul deve apresentar um crescimento expressivo de 38,2%, segundo a Resenha Regional do Banco do Brasil, quase o dobro dos 20,6% previstos pela Aprosoja-MS. A produção deve saltar de 8,457 milhões para 11,687 milhões de toneladas, um acréscimo de 3,23 milhões de toneladas. Esse desempenho, aliado ao avanço da soja e do algodão, impulsiona a projeção de crescimento médio de 26,7% na produção de grãos no Estado.
A expansão da safra será determinante para o crescimento de 5,5% do PIB estadual em 2025, com destaque para a agropecuária, que deve avançar 17,9% e compensar as perdas de 17,6% registradas em 2024. “O cenário é otimista, puxado pelo aumento na produtividade, devido às condições climáticas favoráveis e à expansão na área de colheita de grãos. Somos o segundo do País em PIB total e saímos de 4,4% para 5,5% por conta do avanço do agronegócio”, destacou Jaime Verruck, secretário da Semadesc.
Outro fator que anima o setor é o preço da saca do milho. Em março, a média estadual foi de R$ 65,27, valor 39,4% superior ao registrado no mesmo mês de 2024, quando o grão era comercializado por R$ 42,66. Embora o preço futuro tenha recuado para R$ 57,29, os números ainda representam uma valorização considerável, segundo boletim da Aprosoja-MS, que também estima uma produtividade média de 80,8 sacas por hectare em 2,103 milhões de hectares cultivados.
Apesar das projeções otimistas, o ritmo da colheita segue mais lento devido às baixas temperaturas, que retardam a perda de umidade dos grãos, conforme levantamento da Conab. A colheita em MS alcançou 2% da área plantada, abaixo da média dos últimos cinco anos, de 2,7%. No entanto, o clima mais frio contribuiu para reduzir pragas nas lavouras e garantir boas condições para a atual safra, o que pode elevar ainda mais a produtividade nos próximos meses.