As cotações do milho seguem em queda no mercado brasileiro, pressionadas principalmente pelo comportamento dos compradores e pela previsão de uma oferta elevada nas próximas semanas. A informação é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que destaca também fatores como a capacidade limitada de armazenamento, a desvalorização do dólar e a queda nos preços internacionais como contribuintes para o cenário atual.
Segundo os pesquisadores do Cepea, os preços mais baixos são registrados nas regiões produtoras onde os vendedores estão mais flexíveis, especialmente neste início de colheita da segunda safra, a qual deve ganhar ritmo nas próximas semanas.
A segunda safra de milho de 2024, de acordo com estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), é projetada em 101 milhões de toneladas, volume 12% maior que o da temporada passada. Se confirmado, será a segunda maior safra da série histórica da Companhia.
Com o avanço da colheita, os estoques devem crescer rapidamente, o que, somado à redução da competitividade do milho brasileiro no mercado internacional, tende a manter os preços sob pressão no curto prazo.