Mato Grosso do Sul foi reconhecido pela Comissão Nacional para REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) como elegível para a certificação e futura venda de 86 milhões de toneladas de carbono no bioma Cerrado. A aprovação, feita pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, representa um avanço importante na meta estadual de se tornar “carbono neutro” até 2030.
Com essa decisão, o Estado passa a ter autorização para captar recursos internacionais voltados à preservação das florestas e redução das emissões de gases de efeito estufa. “Essa decisão reconhece a capacidade técnica, jurídica e institucional do Governo do Estado, por meio da Semadesc, para coordenar o programa jurisdicional de REDD+ em Mato Grosso do Sul”, explicou o secretário Jaime Verruck.
Segundo o secretário adjunto da Semadesc, Artur Falcette, o Governo deve lançar um chamamento público ainda neste ano para dar início à verificação e certificação dos créditos ambientais. “Nossa expectativa é de que o potencial econômico desses créditos alcance cerca de R$ 1 bilhão, apenas no bioma Cerrado”, destacou.
O Estado também avança na recuperação de áreas de preservação e unidades de conservação. Falcette ressalta que o modelo de REDD+ prevê uma repartição de benefícios entre todos os setores que contribuíram para a conservação. “Estamos estruturando essa governança e queremos garantir que os recursos cheguem aos que ajudaram a alcançar esses resultados”, reforçou.
De acordo com informações da Capital News, a resolução que oficializa a elegibilidade será publicada nos próximos dias. Com políticas ambientais consolidadas e sistemas de monitoramento em funcionamento, Mato Grosso do Sul reforça seu papel como referência nacional em sustentabilidade e gestão climática responsável.
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