A possível exportação de carne bovina brasileira para o Japão, com início previsto pela região Sul, ainda não preocupa o setor em Mato Grosso do Sul. Segundo o Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frio, Carnes e Derivados de MS), não há confirmação oficial e o processo depende de habilitações específicas.
De acordo com o presidente do Sicadems, Régis Comarella, existe a expectativa de que a exportação seja ampliada para todo o país. “Não é nada concreto ainda. Estamos aguardando auditoria do Ministério da Agricultura e do Japão”, afirmou. A previsão inicial é que os embarques comecem em setembro.
Atualmente, frigoríficos de Mato Grosso do Sul estão autorizados a exportar apenas subprodutos cozidos para o Japão, não a carne in natura. Segundo informações do governo federal, o foco das negociações neste momento está nos estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em maio, Mato Grosso do Sul conquistou o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela OMSA. A certificação é importante para futuras exportações e coloca o Estado ao lado de outras regiões já reconhecidas, como Acre, Rondônia e parte do Amazonas.
Enquanto isso, o setor também enfrenta o impacto do tarifaço dos Estados Unidos, com taxação de até 50% sobre produtos brasileiros. A carne não foi poupada e segue com cobrança elevada, o que pressiona as exportações e aumenta a expectativa por novos mercados, como o Japão.