A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, divulgada nesta quarta-feira (18) pelo IBGE, revelou que o valor de produção no país chegou a R$ 132,8 bilhões, alta de 8,8% em relação ao ano anterior. No cenário nacional, Mato Grosso do Sul manteve posição de destaque, principalmente com o município de Corumbá, que aparece como o segundo maior rebanho bovino do Brasil, atrás apenas de São Félix do Xingu (PA).
O Brasil registrou 238,2 milhões de cabeças de bovinos em 2024, o segundo maior número da série histórica. Apesar de leve retração de 0,2% em relação a 2023, o país alcançou recordes no abate de bovinos, suínos e frangos, além das exportações de carnes in natura.
Segundo a analista da pesquisa, Mariana Oliveira, a redução do rebanho bovino é reflexo do ciclo pecuário: “Há alguns anos o abate de fêmeas está elevado, em função dos preços do bezerro e da arroba, que desestimularam a retenção de fêmeas para reprodução, sendo assim era esperada uma redução no rebanho”.
Produção de leite e aves em alta
A PPM mostrou ainda que a produção nacional de leite atingiu 35,7 bilhões de litros, um aumento de 1,4%, com valor de R$ 87,5 bilhões. Já o efetivo de galináceos bateu recorde, com 1,6 bilhão de cabeças, crescimento de 1,7%.
Crescimento da aquicultura
A pesquisa também destacou o avanço da aquicultura no Brasil, que alcançou R$ 11,7 bilhões, alta de 15,4%. A tilápia segue como principal peixe cultivado, com quase 70% da produção nacional, concentrada no Paraná.
Relevância de MS
Além do protagonismo de Corumbá, que segue como referência no rebanho bovino, Mato Grosso do Sul também acompanha o ritmo nacional de crescimento em leite, aves e aquicultura, consolidando-se como um dos principais polos agropecuários do país.