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Mato Grosso do Sul

FCO terá novas taxas a partir deste mês

Reajuste atinge principalmente linhas prefixadas; crédito sustentável terá condições diferenciadas

Elaine Oliveira
Capital News

Empresas e produtores que recorrem ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) devem se preparar para mudanças nas taxas de juros. A partir de 14 de julho, entram em vigor os novos encargos financeiros estabelecidos pela Resolução nº 5.235/2025 do Conselho Monetário Nacional (CMN), válidos até 30 de junho de 2026.

De forma geral, as linhas prefixadas tiveram aumento médio de 2,2 pontos percentuais em relação a 2024. Já nas pós-fixadas, a alta foi de 0,5 ponto percentual, sem considerar o Fator de Atualização Monetária (FAM). Os encargos variam conforme porte do empreendimento e tipo de operação.

Para financiamentos de investimento, incluindo capital de giro associado, as taxas prefixadas vão de 10,40% a 13,37% ao ano. Com o bônus de adimplência, podem cair para 9,80%, 11,30% ou 13%, conforme a receita bruta anual da empresa: até R$ 16 milhões, entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões, ou superior a esse valor, respectivamente.

As taxas pós-fixadas variam entre 3,72% + FAM e 6,51% + FAM, reduzindo-se para 3,17% + FAM no caso de adimplência.

Operações de custeio, capital de giro e comercialização terão juros entre 11% e 14,14% ao ano, ou entre 10,30% e 13,80% com o bônus aplicado.

Em contrapartida, projetos relacionados à sustentabilidade e inovação tecnológica, como agricultura de baixo carbono, energia renovável e modernização de armazéns, terão encargos diferenciados. As taxas prefixadas serão de 8,60% ao ano (ou 8,50% com bônus), e as pós-fixadas de 1,71% + FAM (ou 1,46% com bônus).

O CMN também alterou os limites para enquadramento dos produtores: serão médios os que tiverem receita bruta anual entre R$ 500 mil e R$ 3,5 milhões, e grandes os que ultrapassarem esse valor.

Em Mato Grosso do Sul, a gestão do FCO segue sob responsabilidade da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que preside o CEIF-FCO, responsável pela análise e acompanhamento das propostas.

O CMN justificou o reajuste como uma forma de “adequar os encargos à atual conjuntura econômica e preservar a atratividade do crédito rural e empresarial na região Centro-Oeste”.

Divulgação

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