As exportações brasileiras de milho ganharam força em setembro de 2025, com o volume embarcado superando em 3% o total registrado no mesmo período do ano passado, conforme levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
De acordo com os pesquisadores, o aumento é resultado de negócios antecipados, uma vez que a liquidez nos portos está mais lenta. Isso ocorre porque os preços do milho nos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) estão muito próximos aos valores do mercado interno, o que reduz o interesse de vendedores em fechar novos contratos de exportação.
Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) apontam que, na parcial de setembro — considerando os primeiros 20 dias úteis —, o Brasil exportou 6,6 milhões de toneladas do grão, acima do volume de setembro de 2024.
No acumulado da safra 2024/25 (de fevereiro até a parcial de setembro), os embarques totalizam 18,8 milhões de toneladas, um recuo de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Cepea alerta, porém, que o ritmo de exportações pode diminuir nas próximas semanas, devido à entrada da safra recorde dos Estados Unidos, que deve aumentar a competição no mercado internacional e pressionar os preços do cereal brasileiro.