O secretário adjunto da Semadesc, Artur Falcette, destacou que a criação de “condições de mercado” é fundamental para viabilizar políticas ambientais voltadas ao Pantanal. A declaração foi feita durante a abertura do Seminário Nacional “Uso Sustentável das Formações Campestres no Brasil”, promovido pelo Ibama, na UFMS, nesta terça-feira (25).
Segundo Falcette, um dos entraves para fortalecer práticas sustentáveis é a ausência de alternativas comerciais que permitam ao produtor rural adotar variedades nativas. “Não temos nenhuma empresa que reproduza e comercialize semente de capim nativo. Esse indivíduo precisa ter na prateleira o produto”, afirmou, ao exemplificar a necessidade de estruturar um ambiente favorável para que políticas ambientais saiam do papel.
O secretário adjunto também defendeu maior integração entre academia e iniciativa privada para que ideias e propostas discutidas em eventos técnicos se transformem em ações concretas. “É importante que tenhamos a capacidade de colocar essas ideias embaixo do braço e levar lá na ponta, para quem de fato faz as coisas acontecerem, que são na maioria das vezes a iniciativa privada”, destacou. Ele lembrou ainda que 97% do território pantaneiro é formado por propriedades privadas.
O diretor de Florestas do Ibama, Renê Luiz de Oliveira, reforçou a visão apresentada por Falcette e afirmou que o órgão está aberto a ampliar os debates sobre sustentabilidade nas áreas campestres. Segundo Oliveira, ainda existe um estigma de que o uso dessas formações poderia reduzir o nível de proteção ambiental, o que não se comprova na prática. Ele lembrou que o Pantanal, ocupado há três séculos, mantém mais de 80% de sua vegetação nativa preservada.
O seminário reúne representantes de órgãos ambientais, pesquisadores e entidades do setor até esta quarta-feira (26), com discussões sobre uso sustentável, conservação de recursos naturais e os efeitos históricos do manejo das formações campestres. A programação inclui ainda uma visita técnica nos dias 27 e 28 na região do Pantanal do Abobral, entre Miranda e Corumbá.
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