A terceira edição do Festival CineSur transforma Bonito (MS) em vitrine do cinema sul-americano contemporâneo, reunindo filmes de nove países da América do Sul em uma programação gratuita entre os dias 25 de julho e 2 de agosto, no Centro de Convenções da cidade. O evento aposta em diversidade temática e estética, com mostras competitivas de longas e curtas, além de uma seleção dedicada exclusivamente à questão ambiental.
Participam do festival produções do Brasil, Argentina, Peru, Chile, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Uruguai e Equador, além de coproduções com países de fora da América do Sul. A proposta, segundo o criador e diretor Nilson Rodrigues, é refletir a riqueza cultural e os desafios sociais e ambientais do continente, aproximando o público da produção audiovisual sul-americana, inclusive em uma cidade que ainda não possui salas de cinema permanentes.
“É preciso criar condições para que haja circulação de filmes entre os países da América do Sul. Há um grande mercado a ser explorado”, afirmou Rodrigues em entrevista à Agência Brasil.
Calçada da Fama pantaneira
Entre as novidades deste ano está a criação da “Calçada da Fama” sul-americana, que une arte e natureza. Uma placa especial reunirá dez nomes de animais do Pantanal ao lado de dez artistas homenageados do cinema. A atriz Ana Brun, do Paraguai, vencedora do Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim, será a primeira homenageada. Sua palma será eternizada ao lado da pegada de uma onça-pintada.
“A mensagem é: andamos juntos com os outros seres vivos do planeta”, explicou o diretor.
Mostra ambiental e filmes de MS
A temática ambiental é um dos eixos centrais do festival, com produções como Karuara: o Povo do Rio (Peru), Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta, Rua do Pescador Nº 6 e Sinfonia da Sobrevivência (Brasil). A curadoria destaca o papel de Bonito como exemplo de ecoturismo responsável e sustentável.
Além das produções internacionais, o CineSur também valoriza o cinema local, com exibição de seis filmes produzidos em Mato Grosso do Sul, como A Última Porteira, Eleonora, Jardim de Pedra - Vida e Morte de Glauce Rocha e Tempestade Ocre.
Educação, oficinas e sustentabilidade
O CineSur aposta ainda em ações formativas com o programa CineSur Educa, que realiza oficinas com estudantes e moradores. Os curtas produzidos nessas oficinas serão exibidos durante o festival. Toda a programação é gratuita e realizada em espaços adaptados, com auditórios com capacidade para 260 pessoas.
Outro diferencial do festival é o compromisso com a sustentabilidade, medindo a emissão de gases e promovendo a compensação de carbono ao final do evento.
Mais informações e a programação completa estão disponíveis no site oficial do festival: www.festivalcinesur.com.br.