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Saúde e Bem Estar Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 14:57 - A | A

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Quimioterapia

Vitamina D fortalece imunidade e apoia tratamento do câncer, diz especialista

Médico defende vitamina D como aliada do sistema imunológico e do tratamento contra doenças.

Vivianne Nunes
Capital News

A vitamina D, conhecida popularmente como "vitamina do sol", tem ganhado cada vez mais destaque por seu papel fundamental na regulação do sistema imunológico e na prevenção de diversas doenças crônicas, incluindo câncer, enfermidades autoimunes e cardiovasculares. Apesar do nome, ela é, na verdade, um hormônio esteroide produzido pelo corpo humano a partir da exposição da pele à radiação UVB, sendo ativado por processos metabólicos no fígado e nos rins.

Divulgação

Vitamina D é aliada essencial do sistema imunológico e pode fortalecer tratamento contra câncer, diz especialista

Médico João Jackson Duarte fala sobre a importância da suplementação, principalmente em pacientes oncológicos

Quem destaca a importância desse hormônio — inclusive no suporte a pacientes em tratamento quimioterápico — é o médico Dr. João Jackson Duarte, especialista em saúde integrativa. “É a estrela do nosso sistema imunológico”, afirmou ele durante transmissão realizada na última quarta-feira (21) em seu canal no YouTube.

Entre as funções essenciais da vitamina D está o controle da multiplicação celular, fator determinante no combate ao desenvolvimento de células cancerígenas. “A vitamina D regula a apoptose, que é a morte programada de células alteradas, além de coordenar a ação de células do sistema imunológico, como os linfócitos e as natural killers”, explicou. Segundo o médico, células tumorais mais agressivas tendem a bloquear a expressão dos receptores de vitamina D justamente para escapar desse controle.

Ainda segundo o especialista, manter níveis adequados do hormônio auxilia no controle de inflamações, fortalece ossos, melhora a resposta a infecções como pneumonias e viroses, e reduz o risco de complicações severas por doenças como a COVID-19.

Contudo, o médico chama atenção para fatores que comprometem a produção e absorção da vitamina: baixa exposição solar, dietas pobres em gorduras boas, obesidade, doenças hepáticas, renais ou intestinais e o uso contínuo de medicamentos como omeprazol. “Tudo isso contribui para uma verdadeira epidemia de deficiência de vitamina D, mesmo num país tropical como o Brasil”, alertou.

Para ilustrar os riscos de viver com níveis mínimos do hormônio, ele fez uma analogia: “Você aceita andar com o tanque do carro na reserva? Não, você corre para o posto. Mas quando o exame mostra sua vitamina D em 30, que é o mínimo de referência, dizem que está normal. Isso é andar com o sistema imunológico na reserva. E no caso de uma virose ou até de um câncer, quem está com o tanque cheio tem mais chance de resistir.”

Dr. João Jackson também criticou os extremos ideológicos em torno da suplementação: “Não existe esse negócio de ‘sou contra vitamina’ ou ‘sou contra medicamento’. O ser humano é um ecossistema. O ideal é combinar o que cada um tem de melhor: o fármaco, quando necessário, e os nutrientes que dão suporte ao organismo.”

A orientação, segundo ele, é que a suplementação de vitamina D seja sempre orientada por exames laboratoriais e com acompanhamento profissional. “O ideal é manter níveis entre 50 e 70 ng/dL para quem está enfrentando doenças como o câncer. Baixos níveis deixam o sistema imunológico lento; já doses muito altas podem inibir a resposta imune em vez de fortalecê-la.”

A live integra uma série de transmissões em que o médico debate temas como nutrição funcional, suplementação, saúde preventiva e envelhecimento saudável. O conteúdo completo está disponível no canal Dr. João Jackson Duarte no YouTube.

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