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Executivo Sábado, 15 de Novembro de 2025, 13:58 - A | A

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Governo Federal

Santa Casa recebe R$ 1,15 milhão, mas valor não resolve paralisação de cirurgias

Apesar do investimento federal, hospital alerta que verba é insuficiente para zerar filas de procedimentos eletivos

Viviane Freitas
Capital News

O programa Agora Tem Especialista, do Governo Federal, destinou R$ 1,15 milhão à Santa Casa de Campo Grande. No entanto, o hospital informou que o valor “não será suficiente para encerrar a paralisação das cirurgias eletivas”. A instituição esperava um aporte muito maior para atender à demanda de diferentes especialidades.

Em nota, a Santa Casa explicou que havia solicitado cerca de R$ 14 milhões para cobrir procedimentos cirúrgicos em diversas áreas, mas a verba autorizada “limita a atuação da instituição dentro do programa”. O hospital informou que usará o investimento para as áreas de oncologia e cirurgia vascular, enquanto especialidades como cirurgia cardíaca não estão contempladas.

“Dessa forma, o programa não será suficiente para encerrar a paralisação das cirurgias eletivas em nossa instituição. Continuaremos buscando diálogo com os gestores para ampliar a cobertura e garantir que a população tenha acesso a procedimentos essenciais em todas as áreas em que somos referência”, destacou a nota.

O Agora Tem Especialista permite que hospitais e clínicas credenciados ofereçam procedimentos ao SUS e recebam recursos federais ou abatam parte de dívidas. “É uma forma de diminuir despesas, receber mais, porque tem uma remuneração diferenciada, e o SUS desafoga filas”, explicou Ronaldo de Souza Costa, superintendente do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, o investimento federal totaliza R$ 13 milhões, complementados por R$ 9 milhões de emendas parlamentares. A prefeita Adriane Lopes afirmou que o programa deve “zerar a fila de procedimentos, exames e cirurgias oftalmológicas” e resolver cerca de 20% do problema da saúde na Capital, atendendo mais de 20 mil pacientes.

Mesmo com o aporte, os hospitais não podem reduzir os serviços já oferecidos, o que significa que o número de procedimentos especializados será ampliado. As unidades poderão aumentar profissionais em atividade ou até expandir o atendimento para horários alternativos, beneficiando diretamente a população de Campo Grande.

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