O uso de energia solar está transformando a realidade de escolas da Rede Estadual de Ensino em Mato Grosso do Sul. Com placas fotovoltaicas instaladas em 40 unidades de 19 municípios, o projeto já representa economia significativa nos gastos com energia elétrica e um avanço rumo à sustentabilidade.
Na Escola Estadual Amando de Oliveira, em Campo Grande, a mudança é visível. Após uma reforma completa, a unidade ganhou nova estrutura e também o sistema de captação de energia solar. “Quando a escola completou 50 anos a reforma foi finalizada. Ela foi contemplada com várias melhorias, entre elas as placas solares. Isto mostra a preocupação com sustentabilidade e economia de gastos”, afirmou o diretor Henrique Ramos.
Desde 2023, quase R$ 5 milhões foram investidos apenas na instalação das placas solares. O secretário estadual de Educação, Hélio Daher, destaca que a meta é modernizar os espaços escolares com foco em conforto, funcionalidade e eficiência energética. “Antes esse tipo de equipamento era mais comum em escolas mais afastadas, localizadas em zonas rurais. Agora, também contamos com a instalação em escolas urbanas”, explicou.
A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo, com apoio da Parceria Público-Privada (PPP) de energia solar fotovoltaica, coordenada pela Secretaria de Administração (SAD). Em operação desde outubro de 2024, o projeto já conecta mais de 183 escolas ao sistema e prevê economia de até 30% nas contas de energia, além da meta de neutralização das emissões de carbono até 2030.
“As fazendas solares de Iguatemi e Mundo Novo já estão em operação. Até o final do ano, nossa previsão é conectar 826 prédios públicos às cinco usinas, consolidando o Estado como referência nacional em sustentabilidade”, destacou o secretário de Administração, Frederico Felini. “Já se aponta uma economia significativa para os cofres públicos, mas o mais importante é a produção de energia limpa e sustentável.”
A expectativa é que, com a plena implantação, o sistema gere mais de 25 mil MWh por ano — o suficiente para abastecer 1.400 prédios públicos estaduais.