O avanço das hepatites em Campo Grande tem preocupado as autoridades de saúde. Apenas nos seis primeiros meses de 2025, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) registrou 237 novos diagnósticos da doença, número que representa mais de 86% do total contabilizado em todo o ano de 2024, quando foram registrados 273 casos.
O aumento mais expressivo foi da hepatite tipo A, com 190 registros. No mesmo período, foram contabilizados ainda 29 casos do tipo B e 18 do tipo C. O crescimento acentuado acendeu um alerta na Vigilância em Saúde do município, especialmente em razão da baixa cobertura vacinal.
Vacinação como principal prevenção
A principal medida para conter o avanço da doença segue sendo a imunização. Apenas em 2025, até meados de julho, 4,9 mil crianças concluíram o esquema vacinal contra hepatite B. A vacina contra a hepatite B é ministrada em três doses, sendo aos 2, 4 e 6 meses, mas também está disponível para a população adulta que não tem registro e não concluiu o esquema vacinal.
Para conter o avanço da doença, a Sesau vem realizando busca ativa principalmente nas escolas, para atualização das cadernetas de vacinação, além de campanhas de conscientização e ações educativas nas unidades de saúde e junto a populações mais vulneráveis.
Testes rápidos ajudam no diagnóstico precoce
Os testes rápidos para hepatites B e C estão disponíveis em todas as unidades de saúde do Mato Grosso do Sul. Em 2024, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou mais de 222 mil testagens para hepatite B e 133 mil para hepatite C.
“Recomendamos que toda a população faça testes de hepatites virais pelo menos uma vez na vida”, reforça Larissa Martins do Nascimento, gerente de IST/Aids e Hepatites Virais da SES. Em casos positivos, o tratamento e o acompanhamento clínico são ofertados gratuitamente pelo SUS.