Um projeto essencial para o controle populacional de cães e gatos que vivem nas ruas começou a ser executado em Campo Grande. Por meio de chamamento público da Superintendência de Bem-Estar Animal (Subea), a ONG Instituto de Proteção Ambiental de Mato Grosso do Sul (IDPAMS) foi selecionada para desenvolver a ação, com investimento de R$ 250 mil ao longo de um ano.
Voltada a animais de vida livre — sem tutor definido, mas frequentemente cuidados por moradores —, a iniciativa tem foco na castração, vacinação e identificação dos bichos por meio de microchips. Os gatos também recebem o corte na ponta da orelha (ear-tip), técnica que indica que já foram esterilizados.
Em pouco mais de um mês de execução, o projeto já enfrenta o desafio da captura, uma vez que muitos animais são ariscos e vivem em locais de difícil acesso. “Eles são desconfiados e é difícil localizá-los sem apoio da população”, explica Otanael da Silva, presidente do IDPAMS.
O método utilizado é o CED — Captura, Esterilização e Devolução — reconhecido por ser ético e eficaz no controle reprodutivo de animais em situação de rua. Além de evitar a proliferação descontrolada, o modelo reduz a incidência de brigas, doenças, abandono de filhotes e melhora a convivência com a comunidade.
A expectativa é de que centenas de cães e gatos sejam beneficiados até o fim do projeto. A Subea reforça a importância da participação da população, informando pontos de concentração de animais e colaborando com as ações em campo.
