Campo Grande é a segunda capital brasileira com maior taxa de hepatite A, com 17,2 casos por 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. O número é superado apenas por Curitiba (31,3). Mesmo com o aumento expressivo, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que a situação está sob controle. Em 2024, foram 159 casos registrados; já em 2025, o número subiu para 188.
A maioria das ocorrências se concentrou nos primeiros quatro meses do ano, com até 40 casos por mês. Desde então, a média caiu para dois ou três. Segundo a SESAU, 63% dos registros foram em homens, especialmente entre 20 e 39 anos. Casos também foram registrados em pessoas em situação de rua e no sistema prisional. Nenhuma causa exata foi identificada, apesar das coletas em água e investigação de transmissão sexual.
O Ministério da Saúde autorizou a ampliação da vacinação para grupos vulneráveis, incluindo pessoas com HIV, imunossuprimidos e portadores de doenças crônicas. A vacina já faz parte do calendário infantil, sendo aplicada a partir dos 15 meses de idade. A SESAU reforça que segue monitorando os casos e prestando assistência.
A hepatite A é causada por vírus e provoca inflamação no fígado. A transmissão ocorre, principalmente, por ingestão de água ou alimentos contaminados. Os sintomas incluem febre, mal-estar, enjoo, dor abdominal e olhos amarelados. Não há tratamento específico; o cuidado é feito com hidratação e alívio dos sintomas. Em casos raros, pode haver agravamento com necessidade de transplante hepático.