“Por Respeito à Igualdade” é o nome do projeto realizado com reeducandos do Centro de Triagem “Anízio Lima”, na Capital, e foi idealizado pelo agente penitenciário e psicólogo Kenzo Corrêa Mochizuke. O trabalho é baseado na metodologia do grupo “Dialogando Igualdades”, dirigido pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS, com homens agressores encaminhados judicialmente.
Iniciado há cerca de um mês, a iniciativa é dividida em dez encontros semanais, que prosseguem até novembro, com dinâmicas de grupo, vídeos explicativos e de reflexão, rodas de conversa abertas e semi dirigidas, palestras e materiais pertinentes. Dentre as temáticas trabalhadas, estão família, infância e juventude, resiliência tolerância a frustração. O grupo não tem caráter terapêutico e sim “reflexivo”, já que é aberto a novos integrantes no decorrer no processo.
Presos pela Lei Maria da Penha correspondem atualmente a 19,5% do total da massa carcerária do Centro de Triagem, conforme a assessoria. O presídio abriga grande parte dos custodiados por esse crime, em regime fechado, provenientes da capital e região. Duas celas são destinadas especificamente a eles, uma de inclusão, onde ficam durante os primeiros 30 dias, e outra para o restante do cumprimento da pena imposta.
A iniciativa é coordenada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Diretoria de Assistência Penitenciária e de sua Divisão de Promoção Social, e tem como foco reduzir os níveis de reincidência nos casos de violência doméstica e familiar.