A onça-pintada Miranda, símbolo de resistência e recuperação no Pantanal sul-mato-grossense, foi flagrada em imagens inéditas ao lado de seu filhote. O registro foi feito no dia 21 de junho de 2025 por armadilhas fotográficas instaladas pela equipe do Projeto Onçafari, com base em dados do colar de rastreamento GPS/VHF que Miranda utiliza desde sua reabilitação. Ela foi resgatada em agosto de 2024 com queimaduras graves causadas pelas queimadas na região do Passo do Lontra, no município de Miranda, a 203 km de Campo Grande.
Após 26 horas de operação de resgate e 43 dias de tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, Miranda recebeu curativos constantes, dieta especial e sessões de ozonioterapia. Ela foi solta em setembro de 2024, em uma área segura do Pantanal. O uso da tecnologia de rastreamento permitiu não só monitorar seu estado físico e comportamento, como também identificar tocas usadas por ela, possibilitando a captura das imagens com o filhote.
“A história da Miranda mostra que, com técnica, cuidado e cooperação, conseguimos transformar tragédias ambientais em histórias de superação”, afirmou André Borges, diretor-presidente do Imasul. A iniciativa é resultado da parceria entre o instituto e o Onçafari, que uniram forças para monitorar a saúde e o comportamento da onça desde o resgate até sua readaptação total ao habitat natural.
A gestora do Cras, Aline Duarte, celebrou a nova fase da onça: “Ela não apenas sobreviveu aos incêndios, mas agora é mãe na natureza. Isso reforça o quanto políticas públicas e ações de proteção da fauna são essenciais. A Miranda representa a força da vida e a importância de garantir suporte aos animais vítimas de desastres ambientais.” O caso segue sendo acompanhado e serve de exemplo nacional de reabilitação e preservação da fauna silvestre.
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