Os primeiros seis meses de 2025 mostram um cenário bem menos devastador para o Pantanal sul-mato-grossense. De acordo com o primeiro boletim de Monitoramento de Incêndios Florestais do ano, divulgado nesta quarta-feira (2) pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), a área queimada no bioma caiu 92,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Entre janeiro e junho deste ano, 42.840 hectares foram consumidos pelo fogo, contra 595.728 hectares no mesmo intervalo de 2024. A diferença chama atenção, especialmente se comparada à situação de um ano atrás, quando grandes incêndios já atingiam a região de Corumbá em março e até aviões com capacidade para 12 mil litros de água foram acionados para conter as chamas.
No Cerrado, a redução também foi significativa: 51,3% a menos de área queimada em relação a 2024. Além disso, nenhuma ocorrência foi registrada em áreas protegidas por populações indígenas, que no ano passado já haviam perdido 56.574 hectares até junho.
A queda no número de atendimentos do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) também reforça o cenário mais favorável. Em 2024, foram 2.535 ocorrências registradas entre janeiro e junho. Em 2025, esse número caiu para 1.038, uma redução de 60%.
Apesar dos dados positivos, o Cemtec alerta para a possibilidade de incêndios de grandes proporções entre julho e setembro. A previsão climatológica indica níveis de risco entre “Atenção” e “Alerta” em praticamente todo o Estado, com algumas regiões, especialmente no norte, nordeste e leste, em nível de “Alerta Alto”.
A recomendação é que a população mantenha os cuidados e evite qualquer ação que possa iniciar focos de incêndio, como o uso de fogo para limpeza de áreas, que continua sendo um dos principais fatores de risco durante o período de estiagem.
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