O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) é alvo de oito investigações abertas pelo Ministério Público Estadual. Os inquéritos apuram desde problemas na estrutura física até falhas no atendimento e carência de equipamentos e insumos. A mais recente apuração, em segredo de Justiça, trata da suposta precariedade dos aparelhos de raios X e manutenção deficiente. Uma vistoria técnica realizada em fevereiro apontou situações como apenas uma sala de exames em funcionamento e uso improvisado de placas analógicas em equipamentos digitais.
De acordo com o MPMS, as diligências buscam esclarecimentos junto à Funsau e à Secretaria Estadual de Saúde sobre a quantidade de equipamentos, contratos de manutenção e planos de modernização tecnológica. Apesar disso, o HRMS nega falhas e afirmou que realizou mais de 11 mil exames de raios X entre janeiro e maio deste ano, garantindo que o parque tecnológico da unidade supre toda a demanda interna.
Outras investigações envolvem denúncias de fechamento de leitos, retenção de macas do Samu, déficit de médicos socorristas, superlotação no pronto atendimento e irregularidades no fornecimento de insumos. Todas tramitam na 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública de Campo Grande, responsável pelo acompanhamento dos serviços do hospital.
Mesmo diante das denúncias, o HRMS pode passar por uma reestruturação. O Governo do Estado prevê um leilão ainda em 2025 para viabilizar uma Parceria Público-Privada (PPP), com investimento estimado em R$ 954 milhões. A proposta inclui modernização tecnológica, aquisição de equipamentos e construção de novas alas, dobrando a área construída da unidade nos próximos anos.
