Suki Ozaki - Setlog/MS
Coletiva de imprensa realizada nessa segunda divulgou balanço do envio de donativos
Desde quando se uniram para, juntos, ajudar as vítimas da enchentes do Rio Grande do Sul, o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Tropeiros da Querência, de Campo Grande, e o Sindicato das Empresas de Transporte e Logística (Setlog/MS), enviaram quase 2 toneladas de donativos para o Sul do País por meio de 45 carretas.
A mobilização teve início no dia 4 de maio e o balanço dos envios divulgado nesse segunda-feira, 20. Mário Cavinatto, diretor do CTG, explicou que as doações foram de roupas, alimentos, e produtos de limpeza e higiene. Toda a arrecadação foi direcionada para 27 cidades atingidas pelo temporal e não tem prazo para que a ação solidária termine. O CTG foi uma das primeiras instituições a se mobilizar para ajudar os gaúchos.
Para ele, a parceria com o Setlog/MS foi essencial para que as doações chegassem o mais rápido possível aos desabrigados, assim como a mobilização de toda a sociedade e dos voluntários. Já Cláudio Cavol, do Setlog, explicou que das inicialmente eram 10 carretas disponibilizadas pelo sindicato, contudo o número foi superado logo nos primeiros dias e que o esforço junto dos empresários do setor de transporte já despachou 45 para o Rio Grande do Sul.
Suki Ozaki - Setlog/MS
Desde o início da tragédia, CTG se mobilizou para ajudar conterrâneos
“Os caminhões não são apenas de grandes empresários, mas de agricultores e pequenas empresas do Estado também”, explica. Segundo ele, apesar das dificuldades para chegar por conta das estradas interditas, a ajuda chegou em tempo recorde. “Algumas viagens duraram três dias, normalmente duraria quatro. Foi muito emocionante não só para gente, mas para os motoristas, que nos relataram que em algumas cidades os caminhões eram esperados logo na entrada no trevo da cidade, sendo recebidos com aplausos”, disse Cavol.
Suki Ozaki - Setlog/MS
CTG se tornou ponto de coleta de doações para serem enviadas ao Rio Grande do Sul
Catástrofe ambiental
Desde o final de abril o Rio Grande do Sul enfrenta uma verdade calamidade ambiental, a maior já ocorrida na história do Estado. Temporais e chuvas intensas causaram enchentes e destruição, em, até o momento, segundo a Defesa Civil do RS, 467 municípios.
A tragédia deixou 161 pessoas mortas e outras 85 estão desaparecidas. São 581.633 desalojados e outras 71.503 seguem em abrigos. Ainda de acordo com a Defesa Civil, 806 moradores ficaram feridos e, ao todo, 2.341.060 pessoas foram afetadas diretamente pelas enchentes.
