A instabilidade no transporte coletivo de Campo Grande voltou a se agravar e pode resultar em nova paralisação já na próxima segunda-feira. Motoristas afirmam que seguem sem salário e sem a confirmação do 13º, e o sindicato da categoria prepara uma assembleia para decidir sobre a greve, considerada “inevitável” caso não haja pagamento.
O impasse cresceu após o Consórcio Guaicurus comunicar que não quitou os vencimentos de dezembro por falta de recursos. Em reunião com a categoria, o presidente do STTCU-CG, Demétrios Freitas, afirmou que o diálogo com a empresa “acabou” e adiantou que o edital de greve será divulgado nesta semana. “Não tem dinheiro e não tem previsão para pagar”, disse.
Freitas reforçou que os motoristas só voltarão às ruas após receberem os três vencimentos: salário, vale e 13º. Ele defende que a paralisação comece em dia útil, para que a pressão seja maior. “Tem que ser em dia útil, para que o impacto seja bem maior. Enquanto não pagarem a gente, vai continuar parado”, afirmou.
O Consórcio Guaicurus sustenta que a crise é causada pelo atraso nos repasses de subsídios por parte do poder público. Segundo nota divulgada pelo grupo, a falta desses pagamentos “ameaça a continuidade do serviço” e dificulta o cumprimento de despesas essenciais, como folha salarial, 13º, manutenção da frota e combustível. A empresa pediu que as autoridades adotem “providências imediatas”.
O governo estadual informou que seus repasses estão em dia, enquanto a Prefeitura — responsável diretas pelas transferências — não se pronunciou. Caso a greve ocorra, será a quinta em seis anos, reflexo de uma crise recorrente que já deixou milhares de usuários sem transporte em outras paralisações.
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