A BR-262, no trecho pantaneiro entre Aquidauana e Corumbá, passará por uma das maiores intervenções já feitas para reduzir atropelamentos de animais silvestres.
O pacote de obras inclui a ativação de 20 radares e a instalação de 170 quilômetros de telas protetoras, distribuídas em 18 pontos considerados críticos pelo Ibama. A iniciativa faz parte de um investimento total de R$ 30,2 milhões.
Os estudos ambientais mostram que a rodovia se tornou uma das áreas mais perigosas do país para a fauna. Entre 2020 e 2021, o Instituto Via Fauna registrou 3.833 carcaças em apenas 12 meses, incluindo espécies ameaçadas como anta, tamanduá-bandeira, lobo-guará e onça-pintada. O aumento do tráfego e o deslocamento dos animais provocado pelas queimadas agravaram ainda mais o problema.
Além das telas e dos radares, o DNIT executa dez passagens de fauna, novas estruturas de drenagem, limpeza ao redor de 44 pontes e sete passarelas aéreas para espécies arborícolas.
Também está em andamento a remoção de vegetação em uma faixa de sete metros ao longo da rodovia, medida que amplia a visibilidade dos motoristas e reduz riscos de incêndios. A supressão inclui o controle da leucena, planta invasora que tomou conta de parte da paisagem pantaneira.
As ações só começaram após anos de cobrança e depois que o Ibama aplicou multa de R$ 9 milhões ao DNIT, em 2022. A BR-262 está sem licença ambiental desde 2014, e o documento só será concedido após o cumprimento das exigências. O prazo inicial para conclusão era 2025, mas as obras ainda estão no começo e devem se estender por mais dois anos.
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