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Política Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2015, 10:03 - A | A

Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2015, 10h:03 - A | A

“Até setembro deve sair essa reforma política”, afirma Vander durante entrevista á rádio

Kemila Pellin - Capital News

Durante entrevista a rádio FM Capital, no programa Tribuna Livre, o deputado federal Vander Loubet (PT) comentou sobre os assuntos mais polêmicos que envolvem o Partido Trabalhista (PT) nesse início de ano. O destaque foi à reforma política, no qual, o deputado defendeu que a corrupção deve ser combatida ferozmente, e que a reforma política é caminho para isso.

“Se quisermos mexer na ferida, nós precisamos definir, fazer uma reforma política e parar de hipocrisia. Vai ter que se discutir seriamente a questão da legalização do Lope, para evitar o que tem acontecido. Vai ter que mexer na ferida e de discutir agora essa questão da regulamentação dos cassinos, nós já temos que aproveitar para se passar a limpo tudo, e de fato acabar”, reforça.

Mas em sequencia a sua defesa, o deputado se contradiz e afirma que é impossível por um fim concreto aos problemas de corrupção, tanto do país, quanto do mundo. “Nós não vamos conseguir acabar com a corrupção; se pegar nos Estados Unidos volta e meia tem escândalo, na Espanha, na Itália, Alemanha, Portugal; agora aquilo é que quando eu vinha chegando eu estava te ouvindo, nós temos que criar mecanismos de fiscalização, que permita com que você diminua o máximo isso, se possível acabar. Mas vamos ser sinceros, é muito difícil você acabar com a corrupção, isso é hipocrisia”, explica.

Petrobás:

Vander também comenta sobre a Petobrás, e explica que a empresa é uma indutora do crescimento do país, gerando mais de 500 mil empregos, e que os brasileiros devem preservá-la. “Tem um movimento que quer incriminar a Petrobras, mas veja bem, a Petrobrás, com aquela votação que nós fizemos, aquela votação polemica que uma parte dos investimentos do pré-sal vão para investimentos na área de desenvolvimento e tecnologia, na área de educação, na área da saúde, e nós vamos sair de dois milhões de barris dias, e vamos chegar a quatro. Vamos dobrar nossa produção e vamos ficar entre as cinco maiores empresas de o petróleo do mundo, com tecnologia em águas profundas, exclusiva da Petrobrás. então tem muito outros interesses. Tem um movimento forte em tentar fragilizar a Petrobrás”, defende.

Financiamento público de campanhas:

Sobre o financiamento público de campanha, Sérgio, o locutor, perguntou sobre a ironia do PT em defender o fim disso, sendo ele o partido que mais recebeu doações nas eleições. “Só o financiamento público não vai resolver, porque, ou você acha que as empresas não vão continuar interferindo, ajudando por fora? Eu acho que isso é o caminho Sergio, eu acho que nós recebemos mais nesse período, porque está dentro da lei, e porque as pessoas contribuem mais com quem está dentro do governo, isso é uma realidade. Quando o Fernando Henrique era presidente, as empresas contribuíam mais com o PDMB”.

Sobre o impeachment:

O Brasil está fragilizado com a política atual, e por conta disso existe um forte movimento chamando os brasileiros para irem as ruas, no mês de março, para pedir o impeachment. O locutor perguntou para Vander qual é sua posição em relação a isso, e se acha que o movimento é legitimo. “Eu que no regime democrático, e nós lutamos muito pela redemocratização, o impeachment é legitimo. Eu acho que as pessoas têm o direito de tentar organizar uma manifestação. Eu particularmente acho que não tem clima, o desemprego ta lá embaixo, a economia ta sob controle. Aonde você vai, nos aeroportos tem gente que viaja, você vai às praias, vai aos restaurantes aqui em Campo Grande, ta tudo lotado, não precisa ter crise. Eu não acredito que isso vá criar um movimento de massa, e o impeachment é um movimento muito mais político do que de rua”.

Vander conclui afirmando que a crise no país é muito mais política do que econômica, e que se a presidente Dilma refizer suas articulações e arrumar sua base, com certeza o fantasma do impeachment deve desaparecer. “Eu acho que o problema do país atualmente é muito mais político do que econômico. Eu acho que a presidente tem tomado boas decisões em relação à economia, não acho que ela esteja errado, concordo com as medidas dela”, conclui.


 

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