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Polícia Quinta-feira, 04 de Junho de 2009, 09:17 - A | A

Quinta-feira, 04 de Junho de 2009, 09h:17 - A | A

Agentes realizam protesto e paralisam serviços por 24h na Máxima

Reginaldo Rizzo - Redação Capital News

Os agentes penitenciários do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande, realizam hoje, 4, uma paralisação com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para as precárias condições do local.

“Governador, nãos somos super-heróis". Com faixas expostas em frente a Máxima, aproximadamente 30 servidores reivindicam melhorias para categoria, que temem por falta de segurança.De acordo com o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), Fernando Ferreira de Anunciação, atualmente, apenas 11 servidores ficam responsáveis pelo atendimento de mais de 1.700 presos. “Nossa mobilização é até para mostrar para população, que caso aconteça alguma coisa, a culpa não é nossa, pois não temos condições de trabalho.”- explica  Anunciação.

Um dos motivos para a paralisação teria sido as duas tentativas de fuga em menos de uma semana. Na madrugada desta última segunda-feira, seis detentos tentaram escapar da prisão, mas foram contidos pela polícia militar que fazia a guarda do local. “Quatro celas tiveram as grades serradas. Em uma ocasião dessas, cerca de 150 presos poderiam ter fugido e a história seria outra. Poderíamos pagar caro.”-declara Anunciação.

Não é só a falta de servidores que preocupa a categoria, mas a estrutura em que se encontra o prédio e a superlotação das celas dificulta o trabalho dos agentes. “O prédio não tem condições. Ele é todo esburacado, onde os detentos escondem as coisas. São cerca de 10 presos para uma cela projetada para apenas dois detentos. Eles merecem pelo menos o mínimo para cumprirem a sua pena, mas como não recebem, quem sofre são os agentes, que acabam sendo ameaçados.” – explica Anunciação.

Em um pente-fino realizado na última segunda-feira, após a tentativa de fuga, foram encontrados 17 celulares, 90 papelotes de cocaína, 38 trouxinhas de maconha e várias armas artesanais.

A paralisação ocorre das 8h de hoje às 8h de amanhã. Apenas 30% dos serviços devem funcionar nesta quinta-feira.
 

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