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Cotidiano Terça-feira, 30 de Agosto de 2011, 13:20 - A | A

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Prefeitura e empresas de ônibus vivem trégua, mas contrato pode ser dissolvido após dia 7

Valdelice Bonifácio - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Após o feriado de 7 de setembro, a prefeitura de Campo Grande e as empresas que operam o transporte coletivo urbano podem anunciar a dissolução do contrato de concessão dos serviços na Capital.

Por enquanto, empresas e prefeitura vivem, nas palavras do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) um momento de “trégua” e ainda buscam uma solução menos drástica do que a dissolução do contrato.

Hoje pela manhã, ele participou da entrega de 25 novos ônibus em evento que teve a presença do presidente da Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano), João Rezende.

Contudo, o diretor da Agetran (Agência de Transporte e Trânsito) de Campo Grande Rudel Trindade antecipa que a dissolução é o desfecho mais provável. “Um contrato com vigência de 13 anos não satisfaz mais as necessidades da cidade”, afirma.

O contrato de concessão venceria em 2014. Com a dissolução, a prefeitura não pagaria a multa por rompimento de contrato às empresas. Na sequência teria que abrir nova licitação.

O desentendimento entre as empresas e a prefeitura começou devido à exigência de que as concessionárias investissem R$ 40 milhões para modernizar o transporte e abrir caminho para a Capital receber recursos do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento).

As empresas alegavam não ter dinheiro para investir e chegou-se a cogitar um reajuste da tarifa, atualmente em R$ 2,70. Mas, o prefeito assegura que o valor não vai subir. “Mesmo porque quem autoriza o reajuste sou eu. Não vai subir”, assegurou o prefeito nesta manhã.

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Empresas entregaram 25 novos ônibus para a cidade na manhã de ontem
Foto: Valdelice Bonifácio/Capital News

Carta na manga

O presidente da Assetur demonstrou otimismo na possibilidade de entendimento com a prefeitura. Ele, inclusive, sinalizou que as concessionárias avaliam a possibilidade de buscar um empréstimo em bancos para fazer os investimentos necessários.

“As empresas estão dispostos a permanecer junto com a prefeitura”, disse Rezende. No entanto, tudo dependerá das negociações que devem ter um desfecho após 7 de setembro.

Licitação

Conforme Rudel, se de fato for aberta uma nova licitação, as concessionárias que prestam serviços atualmente poderão participar, mas não terão vantagens em relação às concorrentes pelo fato de já terem atuado em Campo Grande.

Ele revela que há empresas interessadas que têm mantido contato com a Agetran para saber sobre o início das licitações. Conforme, Rudel há empresas com potencial para explorar o mercado local em Minas Gerais, Paraná e Espírito do Santo.

A prefeitura pleiteia R$ 280 milhões do PAC da Mobilidade Urbana. O dinheiro será destinado à construção de terminais e corredores para transporte coletivo, entre outros.

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