Neste sábado (10), o Ônibus da Saúde completa a 50ª viagem contra o câncer e 10 mil atendimentos, segundo o coordenador do programa, Fabrício Colacino. A unidade móvel realizará atendimentos em Rio Negro, município distante 163 quilômetros de Campo Grande.
Com o objetivo de realizar os procedimentos que hoje são escassos no interior, o “Ônibus da Saúde” percorre o Estado, levando a população carente de medicina especializada em oncologia, atendimento digno e eficaz, para que as chances de cura possam ser maiores.
De acordo com Colacino, mais da metade dos pacientes do interior fica sabendo tardiamente que está com câncer. “Realizar essa prevenção no interior pode diminuir, e muito, os números das doenças e mudar a história do nosso Estado”, disse. “Um simples exame pode ser capaz de prevenir um câncer”.
Ricardo Ayache, presidente da Cassems, explica ainda que durante as viagens a equipe do “Ônibus da Saúde” tenta sensibilizar e esclarecer a população que ao realizar exames de prevenção, como papanicolau e mamografia é possível identificar e evitar a progressão da doença.
“Estamos cada vez mais empenhados em conscientizar as pessoas para a necessidade da detecção precoce do câncer, por isso investimos em projetos de prevenção como o Ônibus da Saúde, Dia M (programa de prevenção ao Câncer da Mulher) e Vacinação contra o HPV”, explica o presidente.
Quando diagnosticado no início, o câncer tem maiores chances de cura e a unidade móvel proporciona tanto as beneficiárias da Caixa dos Servidores, como as usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), o diagnóstico precoce.
Além de identificar possíveis indícios de câncer, o atendimento realizado pela equipe médica no ônibus também se mostra importante por formalizar uma parceria entre o programa e o município, onde o paciente tem garantido o atendimento continuado caso apresente algum sintoma.
O câncer do colo de útero é o segundo mais comum em mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
De acordo com o Instituto, cerca de 18.000 casos novos de câncer no Brasil foram diagnosticados em 2010. E no mundo ocorrem cerca de meio milhão de casos novos por ano, com mais de 230 mil mortes.