A terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest em 2025 divulga hoje mostra que a desaprovação do governo Lula oscilou para 57% (era 56% na pesquisa de março divulgada em abril) e a aprovação para 40% (era 41%), piores resultados deste terceiro mandato do petista. A pesquisa traz um paradoxo: mostra queda na percepção negativa dos brasileiros sobre a economia e alta aprovação entre os que conhecem novos projetos oficiais como a isenção de imposto de renda até R$ 5 mil e a distribuição de gás de cozinha. Mesmo assim persiste a deterioração da avaliação dos principais grupos de apoio do presidente.
Para o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, um dos motivos para essa contradição é a ampla repercussão de notícias negativas. "A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento dos novos projetos e programas do governo. O eleitor está mais difícil de ser convencido, e o governo ainda não conseguiu atender às expectativas produzidas durante a eleição. O governo está perdendo tempo", avaliou.
A percepção sobre a economia melhorou, com forte recuo na avaliação negativa dos últimos 12 meses. Em março, 56% avaliavam que houve piora no período, e na pesquisa atual 48% têm essa opinião. Para 30% a situação não se alterou e para 18% houve melhora. Pela primeira vez, a desaprovação entre os católicos, de 53%, superou a aprovação, de 45%. A desaprovação do governo continua a subir no grupo que declara não ter posicionamento político, chegando a 61%, contra 59% em março. O Nordeste segue sendo a única região que aprova o governo, 54%. No Sudeste, a região mais populosa, a desaprovação alcançou 64% dos entrevistados – um recorde.
A avaliação geral do governo vem piorando desde dezembro de 2024, chegando a maio negativa para 43%, regular para 28% e positiva para 26%. Para 61%, o Brasil está na direção errada, contra 56% em março e 50% em janeiro. Comparado aos dois primeiros mandatos, o governo Lula é considerado pior que os anteriores por 56%. Para 44%, o governo é pior que o do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 45% dizem que o governo está pior que o esperado, 36% avaliam que não está melhor nem pior e 16% dizem que está melhor. As notícias negativas prevalecem sobre as positivas para 50% dos entrevistados (43% em março), contra 28% que não têm visto notícias (26% em março) e 19% que dizem ter visto mais notícias positivas.
A pesquisa foi feita entre os dias 29 de maio e 1 de junho, e ouviu 2.004 brasileiros de 16 anos ou mais através de entrevistas presenciais que utilizaram questionários estruturados. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.
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