Depois de 15 depoentes, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o escândalo da oncologia do Hospital do Câncer e Universitário, em Campo Grande, entra agora na fase final de análise e cruzamento de informações, que irão culminar no relatório final, no dia 15 de novembro.
A ex-secretária estadual de saúde, Beatriz Dobashi, foi a última a depor à CPI. De acordo com o presidente da Comissão, vereador Flávio César, o depoimento de Dobashi foi esclarecedor. “As respostas dela foram contundentes e nos auxiliaram a traçar um resgate histórico dos fatos”, relatou.
Em linhas gerais, Dobashi explicou o processo que levou até a contratação da NeoRad, sugerida pelo então secretário municipal de saúde, Luiz Henrique Mandetta, a fim de zerar a fila de espera no atendimento de oncologia e, posteriormente, como parte do plano de expansão da rede de atendimento ao câncer, do Ministério da Saúde.
A 40 dias do prazo final para conclusão do inquérito, os vereadores disseram que irão se debruçar sobre os documentos, escutas telefônicas, atas das oitivas, entre outros objetos que irão permitir a afirmação conclusiva se houve ou não o sucateamento intencional dos serviços públicos de oncologia para favorecer a iniciativa privada.