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Rural Segunda-feira, 31 de Março de 2008, 08:24 - A | A

Segunda-feira, 31 de Março de 2008, 08h:24 - A | A

Ruralistas devem aumentar pressão

Da Redação

A bancada ruralista promete aumentar a pressão sobre o governo, caso não haja avanços, hoje, em mais uma rodada de negociação das dívidas dos produtores. 'Se não der em nada, vamos agir politicamente na Câmara e no Senado', afirma o deputado federal Luis Carlos Heinze, referindo-se ao encontro de hoje entre parlamentares e os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes; da Fazenda, Guido Mantega; e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Apesar de esperar avanço, os agricultores não acreditam que o governo cumpra o prometido, que era bater o martelo sobre o tema hoje, dia 31.

O alerta veio, na semana passada, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou até 30 de junho o prazo de pagamento das prestações de operações de crédito rural com risco do Tesouro Nacional, dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro Oeste do Funcafé, Securitização I e II, Pesa e Recoop. Os ruralistas interpretaram isso como uma medida paliativa do governo, antevendo que a renegociação não sairia hoje. Mesmo assim, Heinze acredita que uma solução definitiva seja anunciada em duas a três semanas.

A preocupação do presidente da Farsul, Carlos Sperotto, é que esse prazo não se alongue demais, sob pena de prejudicar a contratação de recursos para custeio das lavouras de inverno. Porém, ele prefere não fazer considerações sobre quando a rodada será encerrada. 'Entendemos que é chegada a hora de bater o martelo. O Interior está muito temeroso', afirma. A descrença em definições é tanta que Sperotto somente embarca para Brasília à noite para debater, amanhã, o tema com os parlamentares. 'Teremos mais um passo. Não é o dia final porque haverá desdobramentos', diz o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Onyx Lorenzoni.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, concorda. 'A nossa expectativa é que o governo ceda em alguns pontos. Há um distância muito grande entre a nossa proposta e a deles.' Os principais pontos a serem debatidos são taxa de juros, carência e alongamento do prazo de pagamento de acordo com a capacidade do produtor.  (Fonte: Correio do Povo)

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