Nos últimos 35 anos, o rebanho nacional de bovinos saltou de 104 milhões para 208 milhões de cabeças. Para atender o mercado externo, até 2018, o país deve aumentar em 60% sua produção. “Mesmo com o crescimento em volume, a tecnologia aplicada na pecuária tem possibilitado melhor aproveitamento das áreas de pastagem. Nesse último ano, houve redução de 3% do total utilizado para alimentação dos animais”, ressaltou o presidente nacional da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, durante a cerimônia que marcou os 35 anos da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS).
Mato Grosso do Sul possui um rebanho de 21,9 milhões de cabeças, ocupando o terceiro lugar no ranking nacional. “O sucesso da pecuária em todo o país se deve a atuação da Embrapa. No nosso Estado, a instituição teve, nesses 35 anos, papel decisivo na contribuição do desenvolvimento da região e a qualidade da nossa carne é prova disso”, afirmou Eduardo Riedel, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), homenageada na noite de ontem (31.05), como entidade representativa dos produtores rurais.
A adoção de tecnologia em Mato Grosso do Sul possibilitou, dentre outros indicadores, a diminuição da idade dos animais para abate. “De quatro anos, hoje o animal está pronto para abater com 36 meses. Isso representa menos tempo, menos gastos e mais sustentabilidade para o setor”, analisa a economista e assessora técnica da Famasul, Adriana Mascarenhas.
A evolução do peso dos animais para o abate é outro indicador positivo para o setor. De acordo com levantamento da Famasul, de 1997 a 2011, houve um aumento médio de 4,9% no peso de fêmeas que saiu de 12,2 para 12,8 arrobas. O peso de machos teve 4% de aumento, saindo de 17,4 para 18,1 arrobas.
Fonte: Famasul