Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul ganharam mais prazo para quitar dívidas com os bancos oficiais, vencidas entre 1º de janeiro e 28 de maio. As parcelas com vencimento nesse período poderão ser pagas até 15 de agosto, conforme decisão tomada quinta-feira à noite (28) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Os principais pontos do socorro federal aos municípios atingidos pela estiagem foram acertados pelos deputados Waldemir Moka (PMDB-MS), Luís Carlos Heinze (PP-RS), Moacir Michelleto (PMDB-PR) e Valdir Collato (PMDB-SC) com o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles.
De acordo com Moka, as normas só valerão para o produtor rural cujo município tenha decreto estado de emergência entre 1º de dezembro de 2008 e 13 de maio deste ano. “Por isso o alerta que vínhamos fazendo para que os municípios afetados pela seca apressassem a decretação do estado de emergência para ser beneficiado pela resolução do Banco Central”, destacou.
As parcelas que vencem entre 15 de outubro e 31 de dezembro também poderão ser prorrogadas, de acordo com o CMN. Para as operações de custeio da safra 2007-2008 ou de culturas com mais de uma safra anual, o prazo foi ampliado em três anos. Já o pagamento dos empréstimos para investimento ou de linhas de custeio das safras entre 2003 e 2006 foi prorrogado por um ano.
Moka afirma que irá conversar com o Ministério da Agricultura para que a resolução do BC contemple os municípios que decretaram estado de emergência até ontem, dia 28. A medida beneficia apenas as localidades que homologaram o pedido até o último dia 13. Segundo o governo, as operações de custeio sem seguro no Banco do Brasil com vencimento neste ano totalizam R$ 400 milhões nos Estados de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Já as operações de investimento alcançam R$ 100 milhões.