A infraestrutura e o trabalho desenvolvido pelos chilenos no Porto de Iquique, no Chile, são considerados de alta qualidade, e o embarque dos grãos sul-mato-grossenses poderia iniciar imediatamente. A avaliação é do diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), Lucas Galvan, que viajou de Campo Grande a Iquique com empresários brasileiros em busca de nova rota de exportações para as commodities do Estado e ainda avaliar as instalações do terminal portuário.
De acordo com Galvan o porto de Iquique é tão adequado para o escoamento quanto os portos brasileiros, e ainda não têm filas de espera para descarga e custos. “Os custos marítimos pelo Chile são infinitamente mais vantajosos e permite que os prazos de entrega dos grãos sejam cumpridos, evitando interrupção de contratos e prejuízos”, afirma. Em pico de exportações de MS, caminhoneiros chegam aguardar três dias para o embarque da carga e até dez para a chegada do navio aos portos brasileiros.
Segundo o gerente de administração de finanças do Porto de Iquique, Juan José Ramírez Nordheimer, as ações que favorecerão o sul da América já tiveram início. "Esperávamos essa oportunidade com brasileiros há anos, e hoje trabalhamos para aumentar a capacidade do porto e conectar o Brasil com o mundo”, enfatiza. Recentemente foi solicitado ao Ministério de Relações Internacional do Chile sete hectares para ampliação do porto.
Para chegar ao porto os executivos da expedição Rota da Integração Latino-Americana apostam no asfaltamento de 450 quilômetros que corta o Paraguai, para que assim haja ganho de tempo e agilidade no transporte.