Sábado, 10 de Maio de 2008, 09h:32 -
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Plantio de transgênicos cresce no país e no mundo
Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)
Em dois anos, empresa deve colocar no mercado a primeira soja modificada desenvolvida no país. Cultivo de soja, algodão e milho geneticamente modificados já está liberado no Brasil
É irreversível. O plantio de lavouras transgênicas no Brasil cresceu 30% de 2006 para 2007, nada menos que 3,5 milhões de hectares. O percentual só é menor do que o obtido pela Índia (63%). Pouco mais da metade dos 21 milhões de hectares de soja para a próxima safra receberá sementes geneticamente modificadas.
No Brasil, já foram autorizados para plantio pela Comissão Nacional Técnica de Biossegurança (CTNBio) um evento de soja resistente a herbicida, um de algodão, que combate insetos, e três de milho, um resistente a herbicida e outros dois a insetos, sendo que um desses depende ainda de aprovação do Conselho Nacional de Biossegurança devido a recurso impetrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O transgênico tem sua estrutura genética modificada pela introdução de genes de outros organismos, para que fique resistente a problemas como pragas e haja aumento da produtividade. Em 12 anos, os organismos geneticamente modificados (OGMs) atingiram em todo o mundo 114,3 milhões de hectares, nada menos que 67 vezes a mais que em 1996, quando foram plantados 1,7 milhão de hectares.
Os dados foram divulgados recentemente pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (Isaaa, sigla em inglês), que é financiado pela indústria de sementes.
Segundo Jan van Aken, da campanha de Agricultura do Greenpeace Internacional, "o relatório do Isaaa é uma peça de propaganda. A realidade é que mais de 92% do 1,5 bilhão de hectares de terras disponíveis para a agricultura no mundo são usados para plantio de plantas convencionais", diz.
Com a crise da falta de alimentos, a indústria transgênica aposta no aumento da produtividade para atender a demanda mundial por comida. Mas ambientalistas afirmam que os OGMs interferem no ecossistema e, a longo prazo, podem originar males aos seres humanos.(Da Assessoria)