Quinta-feira, 12 de agosto, é a previsão para que militantes ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-terra) cheguem à Capital para promoção de um protesto em prol da reforma agrária no Mato Grosso do Sul. As pessoas vêm de pontos diversos do Estado, em marcha. Seriam, conforme a entidade, aproximadamente 800.
Os grupamentos de trabalhadores são conhecidos como colunas. Da coluna Geraldo Garcia (em assentamento distante cerca de 40 quilômetros da Capital), viriam cerca de 300 manifestantes e da Dorcelina Folador (em Nova Alvorada do Sul) outros 500.
Os manifestantes participam no dia seguinte ao de previsão de chagada, já na sexta-feira, 11, da sexta Marcha Estadual Terra, Trabalho e Soberania, Contra a Crise e pela Reforma Agrária.
Os protestos estão marcados para os pontos centrais da cidade. Haverá distribuição de panfletos e tentativa de sensibilizar a sociedade e o Poder Público para as questões dos grupos de trabalhadores.
Nos panfletos a serem distribuídos, segundo entidade, estariam frases relacionadas ao, segundo manifestantes, descasos dos governantes e dos empregadores rurais.
Há ainda, uma lista com doze solicitações.
Confira a íntegra das reivindicações, segundo entidades.
“1. Revisão dos índices de produtividade da terra em nível nacional;
2. Disponibilização de terra para assentamento de todas as famílias acampadas no Estado, e no Brasil (90 mil só do MST);
3. Aumento e Reposição do Orçamento da Reforma Agrária, que sofreu corte de 30%;
4. Liberação de linhas de crédito para a implantação de agroindústrias nos assentamentos;
5. Ampliação do programa para assistência técnica nos assentamentos;
6. Resolver o problema do endividamento das famílias assentadas;
7. Criação de programas ambientais nos assentamentos;
8. Ampliação do quadro de funcionários e melhores condições de trabalho e infra-estrutura para INCRA-MS;
9. Que o governo do Estado crie política agrícola voltada a agricultura camponesa com foco na produção de alimentos;
10. Infra-estrutura para os assentamentos: estrada, energia, água, casa e escola;
11. Demarcação das terras Indígenas;
12. Demarcação das terras Quilombolas"