Nos municípios de Sidrolândia e Nova Andradina, região de grande concentração de assentamentos rurais, professores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) já vêm desenvolvendo diversos projetos com a comunidade local, no sentido de estimular e desenvolver a pequena produção destas famílias.
Em dezembro de 2012, por fim, houve a disponibilização das áreas das sedes dos assentamentos Eldorado II, em Sidrolândia, e Santa Olga, em Nova Andradina, para que sejam instaladas as Bases de Ações de Pesquisa, Extensão e Ensino, as quais já têm previsão de funcionamento para 2013.
O Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a UFGD para concessão destas áreas foi formulado em decorrência deste trabalho da universidade e vai propiciar a ampliação do alcance das experiências desenvolvidas pela instituição em áreas como meio ambiente, saúde, educação e economia, entre outras. “Somente em Sidrolândia são mais de 20 assentamentos e nós temos diversos projetos que podem ser estendidos para estes espaços”, afirma a coordenadora de Extensão da UFGD, professora Alzira Salete Menegat.
Ela explica que as ações a serem implantadas no local vêm sendo negociadas com os moradores, para que sejam aplicadas em acordo com as reais necessidades da região. “A intenção é encaminhar processos produtivos para estes locais e que eles se estendam às famílias”, certifica a professora.
Um dos projetos já realizados pela UFGD e que pode ser ampliado para os assentamentos é a Incubadora de Tecnologias Sociais e Solidárias (ITESS), que desenvolve ações de apoio a empreendimentos de economia solidária e pode auxiliar a comunidade em seus pequenos negócios.
Também, recentemente, foi aprovado pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o curso de especialização Residência Agrária, que será ofertado nas regiões de assentamentos numa parceria entre a UFGD e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), e tem nessas localidades, tanto público alvo, como campo de estudo.
Outros cursos e capacitações serão oferecidos à população no intuito de desenvolver fontes de renda para as famílias, como em prol de experiências com a pequena produção (cultivo de milho, mandioca e outras culturas, apicultura, bovinocultura e piscicultura), a transformação destes itens em produtos para comercialização e o trabalho com a organização política destas comunidades. “A partir do momento em que as famílias conseguem comercializar seus produtos, estes agregam valor e assim se dá o desenvolvimento destas regiões”, conclui a docente.