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Rural Sexta-feira, 29 de Agosto de 2008, 09:45 - A | A

Sexta-feira, 29 de Agosto de 2008, 09h:45 - A | A

Áreas de cultivo de cana e soja migram para criação de gado confinado

Lucia Morel, com informações da assessoria - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Areas antes utilizadas e tradicionais no cultivo de cana-de-açúca e de soja agora estão cada vez mais trocando essas culturas pela criação de gado em confinamento. A partir de 2009, de acordo com o superintendente de política de agronegócios da Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia, Eujácio Simões, mais duas regiões do Brasil irão começar a crir gado confinado: Sorriso, no Mato Grosso, e a região oeste da Bahi, que estão na mira de investidores estrangeiros e nacionais.

No caso da Bahia, fundos internacionais têm interesse em investir no que será o primeiro confinamento do estado, com uma escala de cerca de 30 mil bovinos/mês. A região escolhida é produtora de 4,8 milhões de toneladas de soja, caroço de algodão e milho por ano. "A idéia é apostar em confinamentos, transformando grãos em proteína animal", diz Simões. Assim, perrto do fornecedor da matéria-prima para a ração bovina, o confinador economiza em logística.

Já no Mato Grosso, na região de Sorriso, o investimento parte da GMG Internacional, empresa brasileira importadora da genética da raça rubia gallega - tradicional da região da Galícia, na Espanha. A intenção é confinar - por meio de parcerias e/ou áreas próprias pertencentes à empresa - e construir uma unidade industrial para abater e embalar o produto. Segundo Eduardo Grandal, diretor da GMG, os detalhes do projeto serão finalizados nas próximas semanas. O aporte ainda não foi divulgado.

O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Mato Grosso, Pedro Nadaf, disse que, apesar de não conhecido ainda o valor do aporte, o projeto deve criar aproximadamente 1,2 mil empregos na região. Segundo cálculos da secretaria, a indústria terá capacidade de abate entre 1,5 e 2 mil cabeças por dia, informou Nadaf.
A capacidade de abate da indústria a ser construída, se for desse porte, é alta: equivalerá à da planta da JBS-Friboi localizada em Barra do Garças (MT), que pode abater entre 1,8 e 1,9 mil cabeças/dia, segundo comenta Gabriela, da Scot. A consultora cita, ainda, outro exemplo, o da unidade do frigorífico Bertin, localizada em Mozalândia (GO), que pode abater até 2 mil cabeças/dia.

Atualmente, cerca de 50 pecuaristas distribuídos entre Mato Grosso, Goiás e São Paulo criam 50 mil cabeças de bovinos dessa raça. Toda a carne é comercializada para até 50 lojas do Grupo Pão de Açúcar.

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