Presidentes regionais e a cúpula nacional do PSDB se reuniram em Brasília para discutir as eleições do ano que vem. O encontro foi nesta quarta-feira, 18. Conforme o responsável pelo partido em Mato Grosso do Sul, deputado estadual Reinaldo Azambuja, a maior preocupação é quanto a atual indefinição do nome à candidatura à Presidência da República. Por enquanto, a legenda, teoricamente, se divide entre os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). O parlamentar conversou com o Capital News na quinta, durante sessão na Assembleia Legislativa.
Para Azambuja, o alongamento da data de decisão provoca problemas quanto “aos palanques estaduais” por dificultar os trabalhos de aliança. “O Serra disse que quer a definição em março e o Aécio quer em dezembro. Eu acredito que, em janeiro saia. Essa indefinição faz com que as alianças sejam dificultadas nos Estados. Atrapalhar para buscar apoio de outros partidos como o PTB, o PP, que estão indefinidos nacionalmente. Então, precisamos ter o nome do nosso candidato para podermos conversar com os outros partidos.”
Azambuja não afirma sua preferência, mas, indiretamente parece ter uma ‘tendenciosidade’ já que, com relação às datas, parece ver mais clareza nos receios de Serra. “Ele não quer que seja definido logo porque está no governo. Porque, quando começa uma campanha para presidente, se esquece que é governador. O ano acaba”, diz, não lembrando que Aécio também passaria pela mesma situação.
Quanto às situações dentro de cada estado quanto ao apoio ao PMDB, Azambuja acredita que tudo está claro quanto ao BDR (Bloco Democrático Reformista), formado junto com o DEM e o PPS. “Foi discutido o que cada Estado pensa. Aqui, estamos pleiteando apoio do PMDB. O BDR está fechado junto. O Murilo [Zauith, vice-governador] é o candidato ao Senado.”
Em relação à possível candidatura da senadora Marisa Serrano ao governo do Estado – que, segundo ela mesma afirmara, acontecerá se o PMDB de André se juntar ao PT –, o parlamentar é comedido. “Acho que o André fica com o BDR.”
Mas, indagado se, caso Marisa fosse candidata não poderia angariar poucos eleitores, já que as últimas pesquisas sobre as intenções de voto feitas pelo Ipems (Instituto de Pesquisas e Estatísticas de Mato Grosso do Sul) a colocam como uma das que possuem maiores índices de recusa do eleitorado, Azambuja defende a correligionária, que é vice-líder nacional dos tucanos: “Pesquisa mostra um momento, quando o Zeca foi eleito contra ela [em 2002], ela não começou com 2% nas pesquisas e levou a eleição para o segundo turno. Quando o Zeca foi eleito pela primeira vez [em 1998], as pesquisas colocavam o Pedro Pedrossian como o franco favorito e ele não foi nem para o segundo turno, pois deu Ricardo Bacha e Zeca.”
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)