A audiência do secretário municipal de governo, Pedro Chaves dos Santos Filho (PSC) com a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande foi tema de quase meia hora de discurso do vereador Mario Cesar (PMDB), na sessão Ordinária desta terça-feira (12).
Nomeado com a missão de alcançar a governabilidade entre os Poderes Executivo e Legislativo, Chaves deu ontem o primeiro passo. Hoje, na tribuna da Casa de Leis, o presidente Mario Cesar narrou detalhes da audiência e destacou que o secretário admitiu que a Câmara Municipal não fez qualquer entrave à administração do prefeito Alcides Bernal.
O parlamentar contou que fez um retrospecto ao secretário de governo de todas as tentativas de diálogo com o prefeito, iniciadas no ano passado, após as eleições, quando o orçamento municipal para o exercício de 2013 foi votado. Mario disse que o prefeito não quis dialogar com a equipe de transição. “Ele queria que entregássemos um orçamento de quase R$ 3 bilhões, sem nenhuma emenda, para ele fazer o que bem entendesse, dizendo que tinha um planejamento. Estamos no 11º mês da administração dele e não temos nada para comemorar”, declarou o vereador.
As tentativas de diálogo foram citas, uma a uma, pelo vereador, como o orçamento, o congelamento do IPTU, além das correções à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ao
Plano Plurianual (PPA) e ao projeto de redução da tarifa do transporte coletivo. “Perguntei ao Pedro Chaves qual obstrução a Câmara fez à administração, ele respondeu: ‘nenhuma’. Relatei a ele (Pedro Chaves) que demos à sociedade o que ela mais quer, vez e voz, ainda no recesso parlamentar realizamos o Câmara Ativa, revertemos a tentativa do prefeito de macular o nome dessa casa aos quatro cantos, não porque somos mais inteligentes, mas pela incapacidade de gestão pública dele”, pontuou.
Na tribuna, Mario também disse que a diretora da Agência Municipal de Regulação (Agereg), Ritva Cecília Vieira Garcia, o confidenciou que acreditava que a Câmara era o problema nas discussões dos projetos encaminhados à Casa de Leis, mas percebeu que, no fim das contas, era a solução.
De acordo com o presidente do legislativo municipal, a audiência serviu para provocar o secretário a cobrar do prefeito a autonomia. “Disse para ele (Pedro Chaves) que estou cético, não consigo ver essa vontade. Fiz até para provocar o secretário a colocar em xeque a atitude do prefeito”, relatou.
Mario Cesar também disse que apresentou ao secretário diversas demandas que chegam à Casa de Leis, principalmente as decorrentes das sessões comunitárias, em sua maioria, sobre assuntos de saúde pública, entre outros assuntos, como a falta de celeridade na licitação para equipar os Ceinfs do Jardim das Hortências, Nascente do Segredo e Vida Nova.
Segundo o presidente, Pedro Chaves se comprometeu a apresentar respostas amanhã (12).