A polêmica do novo reajuste para R$ 3 na passagem de ônibus de Campo Grande, que já é a segunda mais caras do país, leva os vereadores a pedirem atenção do prefeito Nelson Trad Filho e participação efetiva da Câmara na analise da planilha antes do repasse do aumento.
O vereador Alex (PT) disse por exemplo que o estudo de custos elaborado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para orientar a proposta tarifária do transporte coletivo, seja também apresentado à Câmara e estudado, antes de o prefeito autorizar o reajuste. “Entendemos e acatamos o mandamento constitucional que estabelece que o prefeito detém a autoridade máxima e exclusiva para autorizar ou impedir a majoração das passagens de ônibus. Porém, os vereadores são procuradores da sociedade, representam a grande massa popular que depende do transporte coletivo e que o sustenta. Este estudo tem que ser analisado por muito mais gente”, frisou.
A UFMS faz o estudo de custos a pedido da Prefeitura com o objetivo de conferir os itens da planilha apresentada pela Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletiv) e seu impacto na economia popular. Para o vereador petista, esse impacto vem sendo minimizado pelo poder público e pelas concessionárias, já que a Capital pratica uma das tarifas mais elevadas do Brasil.
Participação da Câmara representa a população
O vereador, que faz a oposição ao prefeito, lembra que a intenção, não é somente sua, mas de todos os vereadores, que é de contribuir para que a população tenha um serviço digno e eficiente de transporte público, com valores acessíveis e definidos de forma transparente.
“A Universidade cumpre um papel técnico e, com certeza, de extrema competência e indiscutível responsabilidade. E a Prefeitura pode seguir nesta mesma via se, com transparência e sensibilidade, aceitar a contribuição da Câmara, ouvir as ponderações dos vereadores e dar atenção ao que pensa a maior interessada em tudo isso, ou seja, a população que depende do serviço dos ônibus”, argumentou.