O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou na última sexta-feira (12) o resultado final da primeira chamada do PSA Pantanal, programa que recompensa financeiramente produtores rurais que preservam vegetação nativa além das áreas obrigatórias por lei.
Foram 71 inscrições de imóveis localizados no bioma, das quais 45 foram selecionadas. As propriedades classificadas receberão pagamento proporcional ao Índice de Serviços Ambientais (ISA), que avalia conservação da vegetação, conectividade de habitats e relevância ambiental. Ao todo, o programa vai remunerar a proteção de 126.182,77 hectares de vegetação nativa.
Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, a iniciativa mostra que é possível conciliar produção econômica e preservação ambiental. “O produtor rural se torna parceiro estratégico na proteção do Pantanal, recebendo por serviços que beneficiam toda a sociedade”, destacou.
Os proprietários selecionados serão convocados pela Funar para assinar o Termo de Adesão, garantindo formalmente a entrada no programa e o pagamento pelos serviços ambientais. Quem não atendeu aos critérios foi desclassificado, garantindo transparência e segurança jurídica.
O secretário-adjunto Artur Falcette ressaltou a importância da robustez técnica do edital. “Critérios objetivos e análises geoespaciais deram credibilidade ao programa e permitem que ele seja ampliado no futuro”, disse. A secretária-executiva Ana Trevelin reforçou que o PSA contribui para manter a biodiversidade, a segurança hídrica e reduzir impactos das mudanças climáticas.
A segunda chamada está prevista para 2026, com inscrições entre 23 de fevereiro e 6 de abril. Propriedades não contempladas na primeira etapa poderão participar, mantendo os mesmos critérios. Verruck destacou: “O PSA é uma política de Estado, planejada para ter continuidade e ampliar a preservação do Pantanal”.
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