Divulgação/Câmara
Dos 29 atuais, 17 não participarão da festa
O prefeito eleito em Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), nem assumiu e já sofreu sua primeira derrota na Casa. Os vereadores eleitos prometeram paz ao novo prefeito, mas os atuais mantiveram o rigor inaugurado com Alcides Bernal (PP).
Na votação do orçamento, nesta terça-feira (20), os vereadores vetaram um pedido feito por Bernal, mas para gestão de Marquinhos. Ele solicitou autorização da Câmara para Marquinhos suplementar até 30% do orçamento sem autorização dos vereadores, o que foi vetado.
Os vereadores mantiveram o mesmo percentual dado a Bernal, de 5%. Este foi um dos motivos que levaram a guerra entre Bernal e os atuais vereadores. O ex-prefeito, Nelsinho Trad (PTB), tinha autorização de suplementar até 30% sem autorização da Câmara, mas os vereadores baixaram este percentual quando Bernal entrou.
Bernal considerou a atitude uma clara perseguição a gestão dele, visto que em dependeria da Câmara constantemente. Esta atitude serviu para diversas trocas de farpas entre Legislativo e Executivo. Porém, nos quatro anos de gestão, os vereadores não se negaram a autorizar nenhuma suplementação dele.
Com o congelamento os vereadores passam a impressão de que não havia a perseguição alegada por Bernal. Porém, há também os que entendem que a Câmara foi obrigada a tomar esta posição justamente para não caracterizar a perseguição.
Sendo qualquer uma das duas alternativas, o fato é que Marquinhos não conseguiu convencer os atuais vereadores a lhe darem uma suplementação maior. Todavia, é importante pontuar que dos 29 vereadores atuais, apenas 11 estarão na próxima gestão.
Até o momento, nenhum dos 29 vereadores eleitos declarou que fará oposição a Marquinhos. Ele mesmo prefere nem falar em base de sustentação na Casa, alegando que não quer divisão entre os parlamentares.
Para evitar constrangimento, Marquinhos sequer se intrometeu na eleição da Mesa Diretora da Câmara. Pelo contrário, orientou vereadores que o apoiaram a apoiar a chapa do atual presidente, João Rocha (PSDB).
