A próxima visita dos pré-candidatos ao governo do Estado acontece em território trabalhista, no PDT. O senador Delcídio do Amaral (PT) encontra hoje, às 17h, a turma do partido. Leva projetos, intenções e palavras de juras para o partido pular em seu barco nas eleições de 2014.
Já amanhã, é a vez do ex-prefeito de Campo Grande e atual secretário estadual de articulação dos municípios, Nelson Trad Filho, correr até o diretório do PDT, presidido por João Leite Schimidt (conhecido nos bastidores políticos como "o bruxo").
O PDT é um parceiro de peso em qualquer coligação. Desde 1998, quando apoiou Zeca do PT ao governo, sempre está na coligação que venceu as eleições. A exceção foi em 2010.
Em 1998, ao tentar fechar uma vaga de vice na chapa do ex-governador Pedro Pedrossian, o PDT, que era comandado por Schimidt, ouviu um “não” e foi para o lado de Zeca. O petista venceu aquela eleição e a seguinte, em 2002, junto dos pedetistas.
Em 2006, quando um jovem Delcídio resolveu ser o candidato do PT, misteriosamente, o PDT pulou fora da aliança vitoriosa e preferiu ficar com André Puccinelli, que vinha com altos índices de aprovação popular, por sua gestão na prefeitura da Capital. Alias, naquela eleição, Delcídio ficou sem muitos dos aliados do governo Zeca, por coisas que só os corredores explicam.
Já em 2010, sem Schimidt no partido, o PDT abandona Puccinelli, causa atrito que causa a saída de deputados de sua base (Ary Rigo e Onevan de Matos, entre eles) e vai com tudo apoiar Zeca para governo. O presidente do partido na época, Dagoberto Nogueira, sai candidato ao Senado. Todos levaram um chocolate nas urnas.
Passado um tempo, Schimidt volta ao comando do partido e irá definir seu caminho, ao lado de outros veteranos. Seja lá quem ele for apoiar, com o apoio do bruxo é bom o adversário se benzer três vezes.
